18/Jul/2022
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (15/07). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,25 cents (0,09%) e fechou a US$ 13,42 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 3,88%. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 4%. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte às cotações, assim como a expectativa de tempo quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos. Esses fatores, porém, foram contrabalançados pela fraca demanda da China pelo grão norte-americano.
O último anúncio de venda avulsa de soja dos Estados Unidos para o país asiático foi feito em 1º de junho. Dados mostraram que a China importou um total de 8,25 milhões de toneladas de soja em junho, queda de 23% ante igual mês do ano passado. O recuo das margens de processamento e uma redução dos estoques de suínos desaceleraram as compras chinesas. Novos lockdowns no país podem afetar a demanda pelo grão norte-americano. A China comprou trigo dos Estados Unidos recentemente, mas novas compras de soja têm sido extremamente lentas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os cancelamentos superaram em 362,9 mil toneladas as vendas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 7 de julho.
Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 113,9 mil toneladas. Na semana, houve cancelamentos líquidos de 249 mil toneladas. Somente a China foi responsável por cancelamentos líquidos de 40,8 mil toneladas. Preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações. O índice de preços ao consumidor subiu mais do que o esperado em junho e deixou investidores cautelosos, já que isso pode levar a altas mais agressivas dos juros no país. O temor de recessão e de seu impacto sobre a demanda ainda deixa muitos traders com receio de que fundos liquidem mais posições compradas.