08/Jul/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira (07/07). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 5%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 42,75 cents (3,23%), e fechou a US$ 13,65 por bushel. Os fundos de investimento também aproveitaram os preços mais baixos da commodity para recomprar contratos. A soja tinha caído em três das quatro sessões anteriores e acumulado perda de 10,52% no período.

O mercado também foi influenciado por preocupações com o clima no Meio Oeste dos Estados Unidos. De acordo com o Monitor da Seca, a parcela da região com algum nível de estiagem é de 15%, mais do que o dobro da registrada na semana anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta quinta-feira (07/07) sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2021/2022, de 124,27 milhões de toneladas para 124,05 milhões de toneladas.