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06/Jul/2022

Futuros de soja recuam acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em forte baixa nesta terça-feira (05/07), após o feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos (04/07). O mercado foi pressionado em grande parte pelo desempenho do óleo de soja, que recuou quase 8%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A perspectiva de maior oferta global de óleos vegetais também pesou sobre os contratos.

A Indonésia elevou as cotas de exportação de óleo de palma para reduzir os crescentes estoques do produto no país. O vencimento novembro da soja em grão caiu 79,25 cents (5,68%), e fechou a US$ 13,16 por bushel. Fundos de investimento também continuaram liquidando posições compradas, em operações baseadas em algoritmos. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicado na sexta-feira (1º/07) mostrou que fundos reduziram em 17,88% suas apostas na alta dos preços de soja na semana até 28 de junho, de 149.316 para 122.615 lotes.

A fraca demanda chinesa pelo grão norte-americano também pressionou as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta terça-feira (05/07) que 354.987 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana encerrada em 30 de junho, queda de 25,35% ante a semana anterior. Do total, apenas 7.566 toneladas tinham como destino a China. Os compradores chineses cancelaram pelo menos cinco navios de soja dos Estados Unidos na semana passada em um processo conhecido como "wash out", num momento em que o país já não tem preços competitivos para o grão.