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24/Jun/2022

Futuros de soja caem com liquidação de posições

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa expressiva nesta quinta-feira (23/06). Fundos de investimento continuaram liquidando posições compradas em meio a um sentimento de aversão a risco. A elevação dos juros globalmente está incentivando vendas de fim de mês. Em termos de fundamentos, é difícil justificar o tamanho da queda, tendo em vista que as safras de verão ainda não passaram por seu estágio mais sensível de desenvolvimento. Também pesou sobre os negócios a alta recente do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras.

O vencimento novembro da oleaginosa recuou 61,00 cents (4,13%), e fechou a US$ 14,15 por bushel. O mercado também foi pressionado pelo desempenho do farelo e do óleo de soja. O óleo de soja foi influenciado pelo aumento das exportações da Indonésia de óleo de palma e pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. A queda do farelo refletiu o aumento dos estoques na China e as maiores vendas brasileiras do derivado.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que o Brasil deve exportar 2,272 milhões de toneladas de farelo de soja em junho, em comparação a 1,84 milhão de toneladas em junho de 2021. A ausência de novas vendas avulsas de soja norte-americana para a China, em meio às medidas restritivas associadas ao surto de Covid-19 no país, também pesou sobre as cotações. O último anúncio desse tipo foi feito em 1º de junho. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) aumentou nesta quinta-feira (23/06) sua estimativa de produção global de soja em 2022/2023, de 387 milhões de toneladas para 390 milhões de toneladas.