13/Jun/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (10/06), apesar de dados de estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua estimativa para reservas domésticas de soja ao fim da temporada 2021/2022, de 6,40 milhões de toneladas para 5,58 milhões de toneladas. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 14,00 cents (0,88%), e fechou a US$ 15,68 por bushel.

A produção de soja nos Estados Unidos na temporada 2022/2023 foi mantida em 126,28 milhões de toneladas. Os estoques nos Estados Unidos ao fim da temporada 2022/2023 foram reduzidos de 8,43 milhões de toneladas para 7,61 milhões de toneladas. A previsão para a safra de soja no Brasil em 2021/2022 foi aumentada de 125 milhões de toneladas para 126 milhões de toneladas. A safra de soja da Argentina foi elevada de 42 milhões de toneladas para 43,4 milhões de toneladas.

O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Traders também embolsaram lucros após os preços terem subido nas quatro sessões anteriores e acumulado ganho de 3,6% no período. O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2%, também influenciou os negócios. O derivado, por sua vez, acompanhou o óleo de palma e o recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.