30/Mai/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta na sexta-feira (27/05). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O desempenho do farelo de soja, que subiu cerca de 1%, também deu suporte às cotações da oleaginosa. O vencimento julho ganhou 5,75 cents (0,33%), e fechou a US$ 17,32 por bushel. A alta, porém, foi limitada pelo recuo do óleo de soja.

O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo óleo de palma, que caiu em meio a relatos de que o governo da Indonésia vai autorizar a exportação de 1 milhão de toneladas da commodity, após ter proibido recentemente os embarques. Detalhes sobre os próximos passos do governo da Indonésia, no entanto, são limitados. A Palm Oil Analytics observou que a direção política do maior produtor de óleo de palma do mundo tem agitado o mercado e provocado uma enorme volatilidade de preços.

A expectativa de clima favorável ao plantio no Meio Oeste dos Estados Unidos também impediu uma alta mais acentuada. Segundo a meteorologia, áreas no leste da região devem ficar mais secas durante boa parte desta semana, o que vai abrir uma nova janela para o avanço dos trabalhos de campo. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de soja da safra 2021/2022 da Argentina alcançou 89,9% da área apta, um avanço de 12,2% ante a semana anterior. O rendimento médio nacional está em 2.870 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 42 milhões de toneladas.