27/Mai/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira (26/05), com a expectativa de demanda chinesa pelo grão norte-americano. Voltaram a circular rumores de que a China estaria buscando soja dos Estados Unidos para entrega até agosto. Esses rumores, combinados com a percepção de oferta apertada nos Estados Unidos, deram suporte às cotações. Os relatos são de preços altos no mercado à vista, o que sugere baixa oferta de soja da safra velha.

O vencimento julho da oleaginosa avançou 45,50 cents (2,71%), e fechou a US$ 17,26 por bushel. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 276,8 mil toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 19 de maio. O volume representa queda de 63% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 443 mil toneladas.

A China não apareceu entre os principais compradores e cancelou compras de 108,4 mil toneladas para 2021/2022. O desempenho do farelo e do óleo de soja contribuiu para os ganhos. O óleo de soja, por sua vez, acompanhou o fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O derivado, uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível, também foi impulsionado pela decisão da Índia de remover os impostos sobre a importação de 2 milhões de toneladas de óleo de soja e 2 milhões de toneladas de óleo de girassol por ano.