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26/Mai/2022

Futuros de soja recuam acompanhando derivados

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (25/05). As perdas foram influenciadas pelo desempenho do farelo e do óleo de soja, que recuaram 0,68% e 1,50%, respectivamente. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pressionou os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 10,2 milhões e 11,278 milhões de toneladas neste mês, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

O vencimento julho do grão perdeu 12,00 cents (0,71%), e fechou a US$ 16,81 por bushel. A ausência de novas vendas de soja norte-americana para a China também pesou sobre as cotações. Na semana passada, traders mencionaram rumores de que o país asiático estaria buscando soja dos Estados Unidos para entrega em 2021/2022, mas até agora isso não se confirmou. O anúncio mais recente de venda avulsa para a China foi feito em 13 de maio. As margens de esmagamento na China estão diminuindo e as necessidades do país para o verão (do Hemisfério Norte) já estão cobertas. Isso ajudaria a explicar a ausência da China do mercado norte-americano.

Quanto ao Brasil, a consultoria Céleres estimou que o País deve produzir 148,8 milhões de toneladas de soja em 2022/2023, 18,8% mais, ou cerca de 23,5 milhões de toneladas, em relação a 2021/2022. A consultoria destacou o fato de ter havido frustração de safra de soja na última temporada, principalmente na Região Sul do Brasil. A área plantada deve ser de 42,3 milhões de hectares, incremento de 3,2% ante os 41 milhões de hectares estimados para a safra 2021/2022. As exportações estão previstas em 94,5 milhões de toneladas no ciclo 2022/2023, ante 78 milhões de toneladas projetadas para a temporada atual.