23/Mai/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (20/05). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 1,5%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pela notícia de que a Indonésia vai exigir que produtores locais de óleo de palma reservem parte da produção para o mercado doméstico. A medida foi anunciada um dia após o governo do país prometer liberar as exportações da commodity, que estavam suspensas.

O vencimento julho da oleaginosa subiu 14,75 cents (0,87%), e fechou a US$ 17,05 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 3,57%. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Os negócios também foram influenciados por rumores de que a China estaria buscando soja norte-americana para entrega em 2021/2022.

Os dados de vendas externas publicados no dia 19 de maio mostraram que o país asiático está retornando ao mercado norte-americano para soja da safra velha. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 752,7 mil toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 12 de maio. Para 2022/2023, foram comercializadas 149,5 mil toneladas. A China comprou 400,6 mil toneladas do volume total, sendo 392,6 mil toneladas para 2021/2022.