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18/Mai/2022

Futuros de soja em alta com dólar fraco ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (17/05). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O desempenho do óleo de soja também deu suporte às cotações. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pela escassez global de óleos vegetais, decorrente do conflito na Ucrânia e da decisão da Indonésia de proibir a exportação de óleo de palma.

A companhia de inspeção de cargas SGS disse mais que as exportações de óleo de palma da Malásia somaram 613,649 mil toneladas entre 1º e 15 de maio, aumento de 23,9% ante igual período do mês anterior. Essa alta reflete a menor oferta da Indonésia. O vencimento julho da soja subiu 21,50 cents (1,30%), e fechou a US$ 16,78 por bushel. Atrasos no plantio nos Estados Unidos também influenciaram os negócios. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os produtores tinham semeado 30% da área total prevista até o dia 15 de maio, um avanço de 18% ante a semana anterior. Os trabalhos, porém, continuam atrasados na comparação com um ano antes (58%) e com a média dos cinco anos anteriores (39%).

Em Illinois e Iowa, os principais Estados produtores, o plantio estava em 38% e 34%, respectivamente, ante 69% e 81% na data correspondente do ano passado. No Brasil, a colheita da soja da safra 2021/2022 atingiu 96,8% da área plantada até o dia 14 de maio, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal. Os trabalhos de campo avançaram 1,9% na semana e estão 1,7% atrasados em relação a igual período do ano anterior (98,5%). Dos Estados que ainda estão colhendo a safra, a retirada da oleaginosa está mais atrasada no Rio Grande do Sul (83%) e mais adiantada na Bahia (99,5%).