17/Mai/2022

Segundo o Itaú BBA, os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago tendem a seguir firmes nos próximos meses. As cotações firmes são reflexo da perspectiva de balanço global apertado tanto na safra 2021/2022 quanto na safra 2022/2023. A perspectiva de aperto no balanço global é dada mesmo em um cenário de normalidade produtiva dos principais países produtores da oleaginosa, o que não é a expectativa atual.

O atraso do plantio nos Estados Unidos, embora ainda não traga grandes impactos para o potencial produtivo no país, joga luz aos riscos que uma eventual redução dos níveis de produtividade do país poderia causar na oferta de grãos no mundo. Não se pode perder do radar também que o desenvolvimento da lavoura norte-americana deverá sofrer influência da La Niña, que vem causando perdas de produtividade pela variação das condições climáticas. A demanda firme por óleos vegetais, em meio à crescente produção de biocombustíveis, pode ser um fator adicional às cotações internacionais da soja.

Provavelmente como consequência desse cenário, as vendas norte-americanas antecipadas referentes à 2022/2023, em 28 de abril, eram 66% superiores às observadas no mesmo período do ano passado. Em contrapartida, do lado baixista, pesam sobre as cotações da oleaginosa os riscos de redução decorrentes das medidas restritivas à pandemia na China e o rebalanceamento dos fundos, que possuem posição comprada elevada no mercado de soja. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.