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06/Mai/2022

China: recuperação do plantel suíno impacta na soja

Com a recuperação mais rápida do que o esperado no rebanho de suínos, o mercado chinês foi levado a um ponto de excesso de oferta e os preços, além das margens de lucro, caíram significativamente. Esse cenário vem evoluindo desde meados de 2021, mas chegou ao ponto em que a reversão do plantel já impacta o mercado de ração. A produção chinesa de suínos é um dos principais motores da demanda mundial de soja e milho. Além disso, desde o início da Peste Suína Africana (PSA), o déficit nos rebanhos chineses vinham sendo a causa do crescimento das exportações de carnes no Brasil e nos Estados Unidos.

A reversão do crescimento do rebanho normalmente não é possível no curto prazo, o que explica porque se demorou tanto para que as margens baixas de suínos afetassem o restante da cadeia. No entanto, agora, as margens de abate e esmagamento de soja estão sendo afetadas. Uma variável chave para a demanda mundial de soja e milho é o mercado de carnes. Por esta razão, é importante entender os fatores que têm influenciado esse segmento e as perspectivas para a demanda por ração.

Já se observa o cenário desfavorável para os produtores de suínos na China. Dado o menor apetite chinês por importar carne, sendo a suína especialmente (se não a única) afetada, Brasil e Estados Unidos veem o cenário de mercado de proteína animal se aquecendo após quase quatro anos de estabilidade. No geral, a perspectiva ainda é levemente baixista para o consumo de ração, mas isso pode ser compensado pelos déficits causados pelo conflito na Ucrânia e um menor nível produção de ração nos Estados Unidos. Fonte: Hedge Global Markets. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.