02/Mai/2022

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) entregou ao Ministério da Agricultura um mapeamento das perdas com estiagem na atual safra, a fim de viabilizar alternativas quanto ao seguro rural. A queda de produção de soja em relação ao ciclo 2020/2021 foi de 35%, chegando a 8,7 milhões de toneladas. A principal área atingida foi justamente a que destina maior área à produção de grãos. O impacto da estiagem foi característico de um ano de La Niña, que aconteceu no Brasil inteiro. A região sul do Estado, que concentra 62% da área destinada ao cultivo de soja, foi a mais afetada, e chegou a uma produtividade média de 27,8 sacas de 60 Kg por hectare.

A região norte, que colheu 71,1 sacas de 60 Kg por hectare, concentra uma área restrita de produção. A região norte teve um clima de bastante chuva. Alguns produtores chegaram a reclamar de excesso, mas acabaram tendo um resultado mais interessante, apesar de concentrarem apenas 15% da área semeada. Na região central do Estado, o resultado foi de 46,67 sacas de 60 Kg por hectare. A região concentra 21,7% da área destinada ao cultivo de soja. O programa SIGA (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), que monitora as safras com apoio do Sistema Famasul e Semagro, aponta que na média estadual Mato Grosso do Sul cultivou área 6,2% com soja, chegando à safra 2021/2022 com 3,7 milhões de hectares.

A produtividade caiu 38,5% em relação ao ciclo 2020/2021, chegando a 38,6 sacas de 60 Kg por hectare. Nos últimos dois ciclos (2019/2020 e 2020/2021), a safra de soja do Estado registrou médias de produtividade de 55,7 e 62,84 sacas de 60 Kg por hectare, respectivamente. Essas médias foram inviabilizadas por intempéries climáticas neste ano. Os agricultores agora torcem para o bom desempenho do milho 2ª safra de 2022, para que consigam arcar com os compromissos firmados, e amenizem os prejuízos já calculados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.