25/Abr/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (22/04). O mercado foi pressionado pelo forte avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Traders aguardavam a confirmação de compras chinesas de soja dos Estados Unidos, mas isso não ocorreu, o que também pesou sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou apenas que exportadores relataram vendas de 144 mil toneladas de soja para o México, sendo 48 mil toneladas para entrega em 2021/2022 e 96 mil toneladas, para 2022/2023.

O vencimento julho da oleaginosa caiu 31,50 cents (1,83%), e fechou a US$ 16,88 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,37%. O desempenho do farelo de soja, que caiu 2,54%, também influenciou os negócios. O derivado recuou com temores de que um esmagamento maior para atender à demanda por óleo de soja resulte em excesso de oferta de farelo. ados históricos mostram que o esmagamento de soja resulta em 18% de óleo e 78% de farelo. A alta do óleo de soja impediu uma queda mais acentuada da soja em grão.

O óleo foi impulsionado pela decisão da Indonésia de proibir as exportações de óleo de palma a partir do fim do mês. A medida foi tomada na sexta-feira (22/04) como forma de controlar os preços domésticos do óleo de palma. A proibição de exportação da Indonésia deixará os estoques mundiais ainda mais apertados. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de soja da safra 2021/2022 da Argentina alcançou 30,8% da área apta, um avanço de 16,4% ante a semana anterior. O rendimento médio nacional está em 3.220 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 42 milhões de toneladas.