20/Abr/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (19/04). O vencimento julho da oleaginosa cedeu 1,50 cent (0,09%), e fechou a US$ 16,91 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 11,980 milhões de toneladas em abril, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

O atraso no plantio de milho nos Estados Unidos também pesou sobre os contratos da soja, uma vez que pode resultar em maior migração de área para a oleaginosa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os produtores de soja tinham semeado 1% da área total prevista até o dia 17 de abril, ante 3% na época correspondente do ano passado e 2% na média dos cinco anos anteriores. Sinais de demanda pelo grão produzido nos Estados Unidos limitaram as perdas.

De acordo com o USDA, exportadores relataram venda de 123,65 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita de soja da safra 2021/2022 no Brasil atingiu 87,1% da área plantada até o dia 16 de abril. Os trabalhos de campo avançaram 2,2% na semana e estão 2,8% atrasados em relação a igual período do ano anterior (89,9%). Dos Estados que ainda estão colhendo a safra, a retirada da oleaginosa está mais atrasada no Rio Grande do Sul (38%) e mais adiantada no Paraná (94%).