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13/Abr/2022

Futuros em alta acompanhando derivados e grãos

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (12/04), influenciados por uma correção técnica após as quedas da véspera e pelos ganhos dos demais grãos e dos derivados de soja. A alta do óleo de soja, especialmente, acompanhou o avanço do petróleo e as complicações logísticas na Argentina. O vencimento maio da soja subiu 15,00 cents (0,91%) e fechou a US$ 16,70 por bushel. A alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Na Argentina, há problemas de fluxo na Argentina por causa da paralisação dos transportadores e por falta de diesel. As altas seguem, contudo, limitadas pelo surto de Covid-19 na China, apesar de a cidade chinesa de Xangai ter relaxado o lockdown para conter a disseminação. Persiste a incerteza sobre a demanda da China, que já vem lenta no ciclo 2021/2022, situação que levou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a reduzir sua previsão de importação de soja da China de 94 milhões de toneladas para 91 milhões de toneladas.

Dados de inflação nos Estados Unidos também influenciaram o mercado. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu em março ao ritmo anual mais elevado desde 1981. A reação aos dados fez os mercados financeiros avançarem, sob o argumento de que os dados de março podem representar o "pico de inflação. Os traders acreditam que as taxas de inflação devem seguir elevadas, direcionando o fluxo de dinheiro para commodities. Por outro lado, trata-se de um cenário de altos custos na época de plantio de culturas como milho e soja.