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04/Abr/2022

Futuros caem sob pressão de área recorde nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (1º/04). O desempenho do mercado refletiu novamente a estimativa de área nos Estados Unidos divulgada na quinta-feira (31/03), que veio acima do esperado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os produtores devem semear um recorde de 36,83 milhões de hectares com soja neste ano, em comparação a 35,29 milhões de hectares na temporada 2021/2022. A área de soja deve superar a de milho pela primeira vez desde 2018.

O vencimento maio da oleaginosa perdeu 35,50 cents (2,19%), e fechou a US$ 15,82 por bushel. Esta é a primeira vez que a soja fecha abaixo de US$ 16,00 por bushel desde fevereiro. Na semana passada, a perda acumulada é de 7,46%. Caso o clima nos Estados Unidos seja favorável, a colheita neste ano pode ser recorde. Isso não seria compatível com o atual nível de preços da oleaginosa, que continua próximo das máximas históricas. Preocupações com a oferta, no entanto, ainda persistem. Essa área esperada ainda pode diminuir à medida que o plantio avança.

O início da colheita de soja na Argentina também pesou sobre os contratos. A Bolsa e Cereais de Buenos Aires informou, no dia 31 de março, que a colheita alcançou 4,4% da área apta, com rendimento médio nacional de 3.120 quilos por hectare. A estimativa de produção foi mantida em 42 milhões de toneladas. A parcela da safra em condição boa ou excelente passou de 32% para 33% na semana passada. Da safra, 52% tinham condição normal, sem variação ante a semana anterior. Outros 15% apresentavam condição regular/ruim, contra 16% na semana anterior.