28/Mar/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (25/03). Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras e pode levar importadores como a China a recorrer ao produto norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 9,50 cents (0,56%), e fechou a US$ 17,10 por bushel.

O avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também deu suporte às cotações. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Traders também ajustaram posições antes dos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o USDA publica nesta semana. A expectativa geral é de que os números de estoque deem suporte aos preços. Quanto à área de soja, analistas estão projetando 36,14 milhões de hectares. Em fevereiro, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA estimou 35,61 milhões de hectares.

Segundo a Emater-RS, a colheita da soja no Rio Grande do Sul avançou na semana passada para 14% da área total estimada. Das lavouras, 34% estão em maturação, 44% em enchimento de grãos, 7% em floração e 1% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo. Por causa da estiagem prolongada, a estimativa de produtividade é de 1.460 quilos por hectare, 55% abaixo da expectativa inicial. Nas regiões oeste e norte do Estado, onde a produtividade permanece muito baixa, houve crescimento das solicitações de cobertura de seguros privados e Proagro.