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24/Mar/2022

Futuros em alta acompanhando o avanço do farelo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (23/03), acompanhando o avanço do farelo e do óleo de soja. Os derivados ainda são influenciados pela decisão do governo argentino de elevar a tarifa de exportação de 31% para 33%. A Argentina é o maior exportador mundial desses produtos e a medida pode levar importadores a redirecionar suas compras para os Estados Unidos. O desempenho do óleo de soja também refletiu o fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da oleaginosa subiu 22,25 cents (1,31%), e fechou a US$ 17,18 por bushel, o maior nível desde setembro de 2012. O maior valor já registrado pela soja é de US$ 17,68 por bushel, em 4 de setembro de 2012. O conflito na Ucrânia continua restringindo o comércio de óleo de girassol e ameaçando o plantio da safra nova.

Além disso, a falta de umidade em áreas de cultivo do Canadá levanta preocupações sobre a safra de canola no país. Esses dois fatores apontam para uma oferta global apertada de óleos vegetais. Os ganhos da soja também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 12,9 milhões de toneladas da oleaginosa em março, de acordo com estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).