23/Mar/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (22/03), refletindo o avanço do óleo de soja. O derivado, por sua vez, acompanhou o desempenho de outros óleos vegetais como o de palma, que vêm subindo diante da interrupção dos embarques de óleo de girassol da Ucrânia. O país é o maior produtor mundial de girassol e há temores de que o conflito com a Rússia atrapalhe o plantio, que deveria começar em abril. O vencimento maio da soja em grão subiu 5,50 cents (0,33%), e fechou a US$ 16,96 por bushel.

Sinais de demanda pelo grão produzido nos Estados Unidos também deram algum suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 240 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Os ganhos foram limitados pelo grande volume de soja do Brasil que está chegando ao circuito comercial, apesar das perdas registradas na Região Sul do País. Os produtores de soja do Brasil já colheram 69% da área plantada na safra 2021/2022, até o dia 17 de março, ante 64% na semana anterior e 59% um ano antes.

Os trabalhos estão praticamente encerrados em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul e se aproximam da etapa final em Goiás, São Paulo e Rondônia. Traders também começam a ajustar posições antes dos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o USDA publica na próxima semana. A expectativa geral é de que os números de estoque deem suporte aos preços. Quanto à área de soja, analistas estão projetando 36,14 milhões de hectares. Em fevereiro, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA estimou 35,61 milhões de hectares.