17/Mar/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (16/03). O mercado foi influenciado em parte pela forte queda do trigo, que pode levar fundos que investem em commodities a vender posições. Fundos venderam hoje 3.400 contratos de soja. As perdas foram limitadas pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento maio da oleaginosa perdeu 9,50 cents (0,57%), e fechou a US$ 16,49 por bushel.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua estimativa de exportação brasileira de soja em março para 12,9 milhões de toneladas, ante 13,769 milhões de toneladas previstas na semana passada. Em fevereiro, o País embarcou 9,113 milhões de toneladas do grão ao exterior. De farelo de soja, os embarques devem totalizar 2,012 milhões de toneladas, projeção maior do que a de 1,782 milhão de toneladas informada na semana passada e superior também ao volume de 1,573 milhão de toneladas de fevereiro. O mercado agora deve voltar suas atenções para a safra dos Estados Unidos.

As quebras de safra na América do Sul já estão em boa parte embutidas nos preços e o mercado agora deve voltar seu foco para a perspectiva de safra nos Estados Unidos neste verão, o que torna a intenção de plantio algo mais importante neste ano do que normalmente. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica em 31 de março seu relatório de intenção de plantio. Dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) mostraram que o processamento de soja nos Estados Unidos totalizou 4,49 milhões de toneladas em fevereiro. O volume representa queda de 9,42% ante janeiro, quando o esmagamento somou 4,96 milhões de toneladas.