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15/Mar/2022

Preços da soja firmes e os produtores cautelosos

Os preços da soja estão firmes no mercado brasileiro, mesmo diante da queda dos futuros em Chicago. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (14/03). O mercado foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A queda do óleo de palma também pesou sobre o derivado de soja. A China está liberando óleos vegetais das reservas estatais e há rumores de que a Indonésia aprovou mais licenças de exportação de óleo de palma. O vencimento maio da oleaginosa recuou 5,50 cents (0,33%), e fechou a US$ 16,70 por bushel.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso e no médio norte do Estado, a comercialização de soja no spot está mais lenta. Por mais que produtores acreditem em altas, sabem que haverá problema logístico porque tem soja ainda para embarcar e logo chegará a 2ª safra de milho de 2022, a partir do fim de maio. A indicação de compra é de R$ 182,00 por saca por 60 Kg FOB Sorriso, para retirada e pagamento em abril. A comercialização antecipada da soja da safra 2022/2023 segue travada por conta das incertezas quanto aos custos de produção, clima e fornecimento de fertilizantes. A indicação de compra é de R$ 155,00 por saca por 60 Kg FOB Sorriso, para retirada e pagamento em março de 2023. No Rio Grande do Sul, há negócios a R$ 214,00 por saca por 60 Kg no Porto de Rio Grande, para entrega imediata e pagamento em 10 dias. No interior do Estado, há negócios a R$ 212,00 por saca por 60 Kg em Júlio de Castilhos e Passo Fundo para o mesmo prazo. Cerealistas estavam adquirindo grãos para abastecer fábricas ou vender para exportação posteriormente. A elevação no custo do frete reduziu o volume de negócios. Transportadoras indicam que aumentariam o preço do transporte de cargas graneleiras em 23% a 25%.