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14/Mar/2022

Futuros em baixa acompanhando o farelo de soja

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (11/03), com o mercado ainda bastante volátil por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia. A commodity foi pressionada em parte pelo desempenho do farelo de soja, que recuou mais de 1% após ter acumulado ganho de 5,5% nas três sessões anteriores. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre as cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projetou que as exportações brasileiras de soja devem somar 11,775 milhões de toneladas em março, acima da estimativa para fevereiro, de 9,393 milhões de toneladas.

O vencimento maio da oleaginosa perdeu 10,25 cents (0,61%), e fechou a US$ 16,76 por bushel. Apesar da quebra de safra na América do Sul, o mercado está atravessando o momento de maior entrada de soja no circuito comercial, e há dúvidas se os altos preços atuais seriam compatíveis com essa ampla oferta. As perdas foram limitadas pela alta do óleo de soja. O derivado acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

A decisão da Indonésia de limitar ainda mais as exportações de óleo de palma também deu suporte ao óleo de soja. Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda 264 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Na semana passada, o USDA anunciou vendas avulsas de 528 mil toneladas de soja para o país asiático. Na semana anterior, foram 904 mil toneladas.