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11/Mar/2022

Preços da soja em alta com as quebras das safras

Os preços da soja seguem com altas no mercado interno, seguindo a reação dos futuros em Chicago e projeções de safra menor ainda no Brasil e na Argentina. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (10/03), após a Conab ter reduzido sua estimativa para a safra brasileira. A expectativa é de que a produção alcance 122,76 milhões de toneladas, queda de 11% em comparação com a safra anterior (138,15 milhões de toneladas). Em fevereiro, a Conab estimou a safra em 125,5 milhões de toneladas. As perdas registradas se devem à forte estiagem verificada sobretudo nos Estados da Região Sul do País e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, na soja e no milho, principalmente.

O vencimento maio/2022 em Chicago subiu 14,50 cents (0,87%), e fechou a US$ 16,86 por bushel. No dia 9 de março, em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a previsão para a safra de soja no Brasil de 134 milhões de toneladas para 127 milhões de toneladas. A Bolsa de Comércio de Rosário cortou em 500 mil toneladas sua estimativa para a colheita de soja na Argentina, de 40,5 milhões de toneladas para 40 milhões de toneladas. A projeção do USDA para a Argentina é de 43,50 milhões de toneladas.

No Paraná, no Porto de Paranaguá, há registro de negócios a R$ 205,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 72 horas. Na região norte, descontado o frete para o porto, a referência de compra fica entre R$ 201,00 e R$ 202,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Em Mato Grosso do Sul, fábricas e cooperativas indicam R$ 197,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados, para retirada em março e pagamento em meados de abril. Para a soja da safra 2022/2023, os compradores continuam mantendo suas indicações em torno de R$ 170,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento em março do ano que vem. O mercado está travado, com preocupações sobre o fornecimento de fertilizantes.