07/Mar/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (04/03). Traders embolsaram lucros após o mercado ter acumulado valorização de mais de 5% nas quatro primeiras sessões da semana passada. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. O Brasil exportou em fevereiro 6,271 milhões de toneladas de soja, volume 137% maior do que o embarcado em igual mês do ano passado, de 2,645 milhões de toneladas. Na comparação com janeiro, quando o País enviou 2,469 milhões de toneladas para o mercado externo, o aumento foi de 154%.

O vencimento maio da oleaginosa recuou 7,25 cents (0,43%), e fechou a US$ 16,60 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 4,8%. A perspectiva de uma safra reduzida na América do Sul impediu uma queda mais acentuada dos preços. A quebra de safra na América do Sul ainda é o fator mais importante para o mercado de soja e há uma expectativa de que isso resulte em maior demanda pelo grão dos Estados Unidos. Se a produção da América do Sul for mesmo tão pequena quanto alguns analistas estão prevendo, isso poderá reduzir os estoques nos Estado Unidos e levar o mercado a testar o recorde de 2012, de US$ 18,00 por bushel.

As perdas na safra brasileira de soja estão consolidadas. Grande parte da colheita de soja já ocorreu e não deve haver grandes alterações em termos de produtividade. As perdas já foram computadas pelo estágio da cultura. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 339,86 mil toneladas de soja para o mercado externo. Foram relatadas vendas de 106 mil toneladas para a China, 108,86 mil toneladas para o México e 125 mil toneladas para destinos não revelados, todas com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Na semana passada, foram relatadas vendas avulsas de 904 mil toneladas de soja para China.