07/Mar/2022

O suprimento interno de soja "teoricamente" é suficiente mesmo com a quebra da safra 2021/2022. O grande problema este ano é que, se for necessário importar, não tem de onde. O Brasil poderia importar da Argentina ou do Paraguai, mas esses países também estão com problemas de produção. O ideal seria não precisar importar, porque vai ser complicado achar soja.

Para trazer a oleaginosa dos Estados Unidos, a restrição seria o custo alto de frete. A logística não favorece essa importação. Deve haver uma redução nas exportações de soja do Brasil em 2022. O esmagamento deve ficar muito próximo do ano passado. Sobrará menos soja para ser exportada naturalmente. Argentina e Paraguai, que também tiveram suas lavouras prejudicadas pela seca, devem ter menor excedente exportável. É uma conjuntura de menor oferta da maior região produtora do mundo, a América do Sul. E, por isso, os preços subindo bastante.

O Brasil ainda pode ampliar as exportações de milho, que no ciclo anterior foram prejudicadas por perdas na produção, se o País colher uma 2ª safra de 2022 "boa ou normal". Em termos de volume de exportação (somando soja e milho), o País pode ficar até acima do ano passado, pensando em grãos como um todo, menos soja e mais milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.