03/Mar/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (02/03). Traders embolsaram lucros após o mercado ter acumulado valorização de 6,66% nas duas sessões anteriores. O movimento de realização também afetou os preços do farelo e do óleo de soja. O vencimento março da oleaginosa recuou 27,00 cents (1,60%), e fechou a US$ 16,63 por bushel. Os fundamentos, no entanto, continuam altistas, com a guerra entre Rússia e Ucrânia impedindo os embarques de produtos como óleo de girassol, que é concorrente do óleo de soja em alimentação.

Além disso, houve redução na estimativa de produção da safra brasileira de soja 2021/2022 de 126,5 milhões de toneladas para 121,17 milhões de toneladas. O volume representa um corte de 4,2% ante a estimativa de fevereiro e de 16,5% em relação ao recorde estimado inicialmente para a temporada, de 145,1 milhões de toneladas. Os cortes são atribuídos à seca na Região Sul do País. A colheita de soja no Brasil atingiu 44% da área cultivada na safra 2021/2022 até o dia 24 de fevereiro. O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires afirmou que a produção de soja na Argentina deve somar 41 milhões de toneladas na temporada 2021/2022. A estimativa é 4 milhões de toneladas menor do que a divulgada pelo USDA no começo de fevereiro.

De acordo com o adido, apesar das chuvas de janeiro, que evitaram maiores perdas, as altas temperaturas e a seca em dezembro e no início do ano causaram danos consideráveis nas principais áreas de cultivo e esgotaram as reservas hídricas do solo. O USDA informou nesta quarta-feira (02/03) que exportadores relataram vendas de 266 mil toneladas de soja para a China, sendo 198 mil toneladas para o ano comercial 2021/2022 e 68 mil toneladas, para 2022/2023. Foram relatadas ainda vendas de 264 mil toneladas para destinos não relevados, sendo 198 mil toneladas para 2021/2022 e 66 mil toneladas, para 2022/2023.