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23/Fev/2022

Futuros em alta com tensões entre Rússia e Ucrânia

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (22/02). O mercado foi influenciado pelo avanço do milho e do trigo, que refletiu a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia. O fortalecimento do petróleo também deu suporte às cotações, já que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 31,50 cents (1,96%), e fechou a US$ 16,35 por bushel.

O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, contribuiu para os ganhos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 7,2 milhões de toneladas da oleaginosa em fevereiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Na semana passada, a previsão era de 7,1 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita de soja da safra 2021/2022 no Brasil atingiu 33% da área plantada até o dia 19 de fevereiro. Os trabalhos de campo avançaram 8% na semana e estão 17,5% adiantados em relação a igual período do ano anterior (15,5%).

A retirada da oleaginosa está mais adiantada no estado de Mato Grosso (70,5%) e mais atrasada no Rio Grande do Sul, onde o levantamento não reportou início da colheita. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. O USDA também informou que 975.102 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 17 de fevereiro, queda de 16% ante a semana anterior.