21/Fev/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (18/02). Traders ajustaram posições antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (21/02), os mercados do país permanecem fechados por causa do feriado do Dia do Presidente. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 7,50 cents (0,47%), e fechou a US$ 16,03 por bushel.

De acordo com a consultoria Granar, o clima adverso na Argentina contribuiu para os ganhos. No dia 17 de fevereiro, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a parcela da safra argentina em condição boa ou excelente diminuiu de 37% para 31% na última semana. Além disso, 46% da safra tinha condição normal, sem variação ante a semana anterior. Outros 23% apresentavam condição regular/ruim, contra 17% na semana anterior.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou na sexta-feira (18/02) que exportadores relataram vendas de 198 mil toneladas de soja para destinos não revelados, sendo 66 mil toneladas para entrega no ano comercial 2021/2022 e 132 mil toneladas, para 2022/2023. Uma demanda elevada por soja dos Estados Unidos pode resultar em racionamento e impulsionar ainda mais os preços. O USDA projeta uma relação estoque/uso de 7,4% ao fim do ano comercial corrente, um nível que poderia desencadear racionamento da safra nova. Nesta semana, o USDA realiza seu Fórum de Perspectivas Agrícolas, que trará estimativas para a safra 2022/2023 nos Estados Unidos.