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18/Fev/2022

Futuros avançam com quebras na América do Sul

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (17/02). Os ganhos foram sustentados pela perspectiva de quebra de safra na América do Sul. As estimativas para a região vêm sendo reduzidas nas últimas semanas por causa do clima quente e seco na Região Sul do Brasil, na Argentina e no Paraguai. Em outubro, a temporada 2021/2022 foi iniciada esperando que a América do Sul produzisse 210 milhões de toneladas de soja. Agora, a projeção é de 174,6 milhões de toneladas, ou 35,4 milhões abaixo da previsão inicial e 24,2 milhões abaixo da produção do ano passado. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 4,75 cents (0,30%), e fechou a US$ 15,96 por bushel. Há muita incerteza quanto à capacidade do mercado de registrar grandes variações em uma ou outra direção.

A tendência ainda é de alta, mas há incertezas em relação à Rússia e ao clima na América do Sul. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do teto das estimativas do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 1,361 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 10 de fevereiro. O volume representa queda de 15% ante a semana anterior, mas alta de 26% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, as vendas foram de 1,526 milhão de toneladas. A China comprou 1,1 milhão de toneladas do volume total, de 2,887 milhões de toneladas. O USDA informou também que exportadores relataram venda de 120 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu nesta quinta-feira (17/02) sua estimativa de produção global de soja em 15 milhões de toneladas, de 368 milhões para 353 milhões de toneladas. A redução reflete evidências de diminuição do potencial de rendimento nas regiões de cultivo na América do Sul, especialmente no Brasil e Argentina. Os ganhos foram limitados pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que fechou em leve baixa, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também impediu uma alta mais acentuada.