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17/Fev/2022

Futuros de soja em alta com boas vendas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (16/02). Os ganhos foram sustentados em parte por sinais de demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Na terça-feira (15/02), o USDA informou que foram relatadas vendas de 101 mil toneladas de soja para o México. O vencimento maio da oleaginosa avançou 35,50 cents (2,28%), e fechou a US$ 15,91 por bushel. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu novamente sua estimativa de exportações brasileiras de soja em fevereiro, para 7,1 milhões de toneladas, ante 7,5 milhões projetados na semana passada. Uma semana antes, a entidade esperava que 9,923 milhões de toneladas fossem embarcadas neste mês. Incertezas sobre o clima na América do Sul também impulsionaram as cotações. Na Argentina, a soja está entrando em sua fase reprodutiva e que o tempo no país está ficando seco novamente. O clima durante os meses de fevereiro e março será crítico para a soja e a previsão para a segunda quinzena de fevereiro é preocupante.

A consultoria Granar cortou a projeção para a Argentina, de 42 milhões de toneladas para 40 milhões de toneladas. A perspectiva de uma safra reduzida na Argentina também impulsionou os preços de farelo, que subiram mais de 2%. O país é o principal exportador mundial do derivado, e uma produção menor pode fazer com que importadores redirecionem suas compras para os Estados Unidos. Além disso, a seca no Paraguai deve manter o esmagamento de soja na Argentina abaixo da capacidade total no primeiro trimestre deste ano. As esmagadoras argentinas são bastante dependentes da soja paraguaia entre janeiro e abril, antes da colheita na Argentina.