14/Fev/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (11/02). Os contratos oscilaram entre os terrenos positivo e negativo, mas aceleraram os ganhos no fim da sessão, com relatos de a Rússia teria decidido invadir a Ucrânia. A notícia impulsionou os preços do trigo e isso acabou influenciando os outros grãos. O vencimento maio da soja ganhou 9,75 cents (0,62%), e fechou a US$ 15,86 por bushel. Os preços subiram no começo do dia, com traders voltando a se concentrar em fundamentos do mercado como a quebra de safra na América do Sul. Depois, no entanto, passaram a operar sem uma tendência clara até subirem com mais firmeza no fim da sessão.

A queda ocorrida na quinta-feira (10/02) é um forte lembrete de que movimentos de alta como os dos mercados de grãos chegarão ao fim com pouco aviso e quase sempre quando as notícias parecerem mais altistas. Não se pode perder de vista que esse avanço já tem cerca de quatro meses. Quando se entra nessa fase de um rali, a ação se torna cada vez mais volátil e muitas vezes sem sentido. Na quinta-feira (10/02), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua projeção para a safra brasileira para 125,47 milhões de toneladas, de 140,5 milhões de toneladas previstas em janeiro.

A Bolsa de Comércio de Rosário projetou uma colheita de soja de 40,5 milhões de toneladas na Argentina, em sua primeira estimativa para a safra 2021/2022 da oleaginosa. O volume é menor do que a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 45 milhões de toneladas, e da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, de 42 milhões de toneladas. Sem chuvas importantes em fevereiro e com prognósticos climáticos ruins, o fantasma do desastre produtivo de 2018 ronda a oleaginosa em 2021/2022. Cerca de 750 mil hectares não devem chegar à fase de colheita. O USDA informou na sexta-feira que que exportadores relataram venda de 108 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.