11/Fev/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago reverteram ganhos e fecharam em baixa nesta quinta-feira (10/02). O mercado passou por uma correção após ter subido em dez das doze sessões anteriores, acumulado ganho de 13,7% no período e alcançado o maior nível em quase nove meses. Além disso, durante a sessão desta quinta-feira (10/02) os preços superaram os US$ 16,00 por bushel, o que acabou atraindo vendedores. O vencimento março da oleaginosa recuou 20,50 cents (1,29%), e fechou a US$ 15,74 por bushel. Os preços foram impulsionados inicialmente por uma nova redução na estimativa para a safra brasileira.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortou sua projeção para 125,47 milhões de toneladas, de 140,5 milhões de toneladas previstas em janeiro. Praticamente toda a Região Sul e parte de Mato Grosso do Sul sofreram restrição hídrica severa em novembro e dezembro, além de altas temperaturas, que provocaram drástica queda de produtividade nas áreas. Além disso, o banco alemão Commerzbank afirmou que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve ajustar para baixo novamente sua estimativa para a produção do Brasil. No dia 9 de fevereiro, o USDA cortou sua previsão de 139 milhões de toneladas para 134 milhões de toneladas, mas várias consultorias já projetam um volume abaixo de 130 milhões de toneladas.

Os participantes do mercado estão obviamente esperando outra revisão para baixo no próximo mês. Segundo o USDA, exportadores relataram vendas de 299,7 mil toneladas de soja para destinos não revelados, sendo 233,7 mil toneladas para entrega em 2021/2022 e 66 mil toneladas, para 2022/2023. Além disso, exportadores dos Estados Unidos venderam 1,596 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 3 de fevereiro. O volume representa alta de 46% ante a semana anterior e de 81% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 894,6 mil toneladas. As vendas totais forma de 2,491 milhões de toneladas.