10/Fev/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (09/02), após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido suas estimativas para a safra do Brasil e da Argentina. Apesar dos cortes, as projeções foram consideradas conservadoras. A reação inicial dos preços foi recuar em relação às máximas alcançadas antes do relatório. O vencimento março da oleaginosa subiu 25,75 cents (1,64%), e fechou a US$ 15,94 por bushel, o maior nível desde 12 de maio do ano passado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA reduziu sua previsão para a safra de soja no Brasil em 2021/2022, de 139 milhões de toneladas para 134 milhões de toneladas.

A previsão de exportação foi reduzida de 94 milhões de toneladas para 90,50 milhões de toneladas. O governo dos Estados Unidos reduziu sua previsão para a safra de soja da Argentina de 46,5 milhões de toneladas para 45 milhões de toneladas. A estimativa de exportações foi reduzida de 4,85 milhões de toneladas para 3,75 milhões de toneladas. Analistas vão argumentar que mais cortes são necessários, mas o USDA tende a ser conservador nos ajustes de produção e prefere deixar a estimativa final mais para a frente. O USDA cortou sua projeção para as reservas de soja nos Estados Unidos para 8,84 milhões de toneladas, de 9,52 milhões de toneladas previstos em janeiro.

Quanto aos estoques globais, a estimativa foi reduzida de 95,2 milhões de toneladas para 92,83 milhões de toneladas. Separadamente, o USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 240 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Em relatório, o Itaú BBA afirmou que os preços futuros da soja na Bolsa de Chicago devem seguir firmes ao longo dos próximos meses, diante do aperto do balanço global da oleaginosa. A avaliação é de que há pouco espaço para perdas adicionais da safra atual na América do Sul e que a área plantada nos Estados Unidos na safra 2022/2023 deve aumentar.