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08/Fev/2022

Futuros avançam com o clima seco na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (07/02), ampliando os fortes ganhos registrados na semana passada. O desempenho refletiu em parte o tempo seco na Argentina, que pode reduzir ainda mais a safra no país. Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou em 2 milhões de toneladas sua estimativa de produção de soja na Argentina, para 42 milhões de toneladas. Segundo a meteorologia, o tempo no país deve continuar seco por vários dias, e altas temperaturas continuarão estressando as lavouras. O vencimento março da oleaginosa subiu 28,25 cents (1,82%), e fechou a US$ 15,81 por bushel.

A perspectiva de que compradores chineses voltem ao mercado norte-americano nesta semana, após o feriado do Ano Novo Lunar na China, também impulsionou as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta segunda-feira (07/02) que exportadores relataram vendas de 507 mil toneladas de soja para destinos não revelados, sendo 249 mil toneladas para entrega em 2021/2022 e 258 mil toneladas, para 2022/2023. Separadamente, o USDA informou que 1,22 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana encerrada em 3 de fevereiro, queda de 14% ante a semana anterior. A quebra de safra na América do Sul deve resultar em maior demanda pela soja dos Estados Unidos, o que tende a elevar preços.

Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quarta-feira (09/02). As atenções do mercado estarão voltadas principalmente para a safra da América do Sul. De acordo com analistas, a produção de soja no Brasil deve ser reduzida de 139 milhões de toneladas para 133 milhões de toneladas. Mesmo com o corte, a previsão ainda está acima das estimativas de algumas consultorias do Brasil, que esperam uma colheita abaixo de 130 milhões de toneladas. Para a Argentina, a projeção deve ser reduzida de 46,5 milhões de toneladas para 44,2 milhões de toneladas.