08/Fev/2022

Pela primeira vez, o Rio Grande do Sul terá um período de vazio sanitário para a soja, ou seja, um intervalo pós-colheita em que é proibido manter plantas vivas de soja no campo, a fim de quebrar o ciclo do fungo Phakopsora pachyhizi, causador da ferrugem asiática. A ferrugem é a principal doença da oleaginosa. Conforme a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, o período definido pelo Ministério da Agricultura foi de 13 de julho a 10 de outubro de 2022 (90 dias).

A escolha deste intervalo, proposto pelo próprio setor produtivo do Estado em acordo com o Ministério da Agricultura, teve como objetivo aproveitar o período de geadas no Estado, que costumam ocorrer do meio para o fim de julho. As geadas contribuem para matar a soja "guaxa", ou seja, plantas que brotam espontaneamente no campo após a colheita.

O vazio sanitário teve o período estendido de 60 para 90 dias. Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), estender o calendário foi uma boa decisão. O vazio sanitário de 90 dias, aproveitando as geadas de inverno para controle da soja guaxa, vai solucionar duas preocupações: a ambiental, pela deriva do (herbicida) 2,4-D, e a econômica, já que este defensivo duplicou de preço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.