ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Fev/2022

Escoamento da soja deverá elevar frete rodoviário

Segundo o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq/USP (Esalq-Log), o frete rodoviário nas principais rotas agrícolas deve subir de 10% a 15% neste mês em meio ao auge do escoamento da safra nacional de soja 2021/2022. Inicialmente, quem empurra os preços é a Região Centro-Oeste, a primeira a colher. Esta primeira quinzena de fevereiro deve ser de pico das atividades, especialmente em Mato Grosso. Na segunda quinzena do mês, os caminhões tendem a se direcionar a outras áreas, como o Paraná. A tendência de aceleração da alta é observada desde a última quinzena de janeiro. Em Mato Grosso, contudo, as cotações do frete já aumentaram ao longo de janeiro.

Em rotas de maior fluxo, o custo para transporte de grãos subiu expressivamente no mês passado, como o trecho entre Sorriso (MT) e Itaituba (PA), em que o frete subiu 40% em janeiro, encerrando o mês na média de R$ 290,00 por tonelada ante os R$ 207,00 por tonelada observados no fim de dezembro. As cotações do frete iniciaram a safra acima das médias históricas, já com patamares elevados porque partiu de 2021 com fretes muito altos diante de exportações atípicas no fim do ano passado e pelo reflexo dos aumentos dos valores do óleo diesel. Os preços já estão superiores aos da temporada passada. Algumas localidades entraram nesta temporada com níveis recordes de cotações de transporte de cargas.

Em contrapartida, nesta temporada não haverá a concentração da colheita do grão, diferentemente do ciclo passado, o que pode amenizar o incremento das cotações do frete rodoviário. O escoamento da safra não será em período tão estreito como foi no ano passado, quando várias regiões colheram juntas. Neste ano, a janela de colheita e a movimentação tende a ser um pouco mais espaçada. No momento, a demanda de Mato Grosso já tira caminhões disponíveis de outras regiões, mas quando os trabalhos de campo avançarem em outros Estados, Mato Grosso possivelmente terá terminado a retirada da oleaginosa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.