04/Fev/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (03/02). O vencimento março da oleaginosa cedeu 1,00 cent (0,06%), e fechou a US$ 15,44 por bushel. Traders ensaiaram uma correção após o mercado ter subido nos sete pregões anteriores e acumulado ganho de 10% no período. Esse fator, no entanto, foi contrabalançado pela perspectiva de forte quebra de safra na América do Sul. Segundo a Stonex, o tempo seco associado ao La Niña deve resultar em perda de aproximadamente 30 milhões de toneladas na safra da região.

A estimativa considera as perdas registradas no Brasil, na Argentina e no Paraguai. A projeção de safra é de aproximadamente 173 milhões de toneladas, enquanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou em janeiro 194 milhões de toneladas. O USDA tem pelo menos 20 milhões de toneladas para ajustar. Na Argentina, a produção de soja deve ficar entre 42 milhões e 43 milhões de toneladas na safra 2021/2022 e de 4,5 milhões de toneladas no Paraguai. Na Argentina, o USDA estima produção de 46,50 milhões de toneladas e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires projeta safra de 44 milhões de toneladas.

Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram acima do esperado. Segundo o USDA, exportadores dos Estados Unidos venderam 1,095 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 27 de janeiro. O volume representa alta de 7% ante a semana anterior e de 56% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 881,8 mil toneladas. A China comprou cerca de 631 mil toneladas do volume total, de 1,977 milhão de toneladas. As vendas de farelo foram de 604 mil toneladas.