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04/Fev/2022

Quebras na safra de soja da Argentina e Paraguai

A produção de soja deve cair para até 40 milhões de toneladas na Argentina na safra 2021/2022 e para 4,5 milhões de toneladas no Paraguai. Em ambos os países, as condições climáticas de fevereiro ainda devem ser determinantes para o resultado final da safra. Na Argentina, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima produção no país de 46,5 milhões de toneladas e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires projeta safra de 44 milhões de toneladas, enquanto consultorias privadas estimam produção de 40 milhões de toneladas. A situação nas principais áreas produtoras do país, como províncias de Santa Fé e Buenos Aires, está complicada tanto quanto a Região Sul do Brasil. Fevereiro ainda é importante, especialmente para segunda safra de soja. No momento, as condições climáticas são difíceis, com chuvas irregulares.

É preciso ainda avaliar se as chuvas da última semana foram significativas para a recuperação da produção. Mesmo com a previsão de novas chuvas, os prognósticos para a oleaginosa não são bons e favoráveis. O cenário ainda não está definido, mas há poucas chances de os números melhorarem. Provavelmente, a produção será menor do que na safra passada. No Paraguai, a colheita da oleaginosa varia de 26% da área implantada no norte do país a 90% no leste e no sul do país, mas o clima em fevereiro também será determinante para a produtividade final da safra. A produção prevista é de 4,5 milhões de toneladas no país na safra 2021/2022, ante 9,9 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior e 8,5 milhões de toneladas previstas pelo USDA em janeiro. Essa redução na oferta deve gerar menor ingresso de receita com exportações e menor investimento em tecnologia para próximas safras.

Diante da menor oferta paraguaia, o país deve exportar 2 milhões de toneladas neste ano ante 6,33 milhões de toneladas exportadas no ano passado. O cenário é incerto, em que a pouca produção terá de ser dividido para exportação e esmagamento, que é de cerca de 2 milhões de toneladas anualmente. A Argentina continua como a principal compradora da soja paraguaia, mas o volume exportado ao Brasil vem crescendo nos últimos anos. No ano passado, o Brasil importou 760 mil toneladas da oleaginosa paraguaia, embarcada especialmente para o Paraná. Outro ponto que preocupa é que a comercialização antecipada está muito elevada diante dos volumes esperados anteriormente. Agora, os produtores estão preocupados com o cumprimento dos contratos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.