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03/Fev/2022

Soja próxima de US$ 16/bushel leva saca a R$ 200

Na Bolsa de Chicago, a soja já acumula valorização de 11,2% em sete sessões de ganhos consecutivos, impulsionada por revisões para baixo nas expectativas para a safra brasileira, agora estimada por várias consultorias em menos de 130 milhões de toneladas. Nesta quarta-feira (02/02), os futuros da soja fecharam novamente em alta, com o contrato maio/2022 fechando em US$ 15,49 por bushel, alta de 16,75 cents (+1,1%), acumulando um ganho de US$ 1,05 por bushel nos últimos sete dias.

Somado ao prêmio de +US$ 1,15 por bushel para embarque em maio, pelo Porto de Paranaguá, a cotação no porto atinge US$ 16,64 por bushel. No Brasil, já são reportados negócios ao redor dos R$ 200 por saca de 60 Kg em diversas regiões do Rio Grande do Sul. A alta no Brasil também reflete prêmios subindo nos portos e a disputa entre demandas externa e interna diante de uma quebra tão expressiva como a que se consolida para a safra 2021/2022. A quebra de safra no Paraná e no Rio Grande do Sul reduzirá sobremaneira a oferta de soja para os portos do Sul do País.

Essa disputa vai aumentar conforme o ano avança e as processadoras não têm a possibilidade de trazer essa soja de fora, tendo que fazer com que o grão fique no Brasil, gerando alta dos prêmios. Por isso, os prêmios estão subindo tão cedo e em combinação com um forte rally dos preços em Chicago, combinação que não é nada comum para esta época do ano, em plena colheita brasileira. A quebra na safra brasileira de soja 2021/2022 está estimada preliminarmente pela Cogo Inteligência em Agronegócio em 20,7 milhões de toneladas (-14,2%), para 125,0 milhões de toneladas, ante 145,7 milhões de toneladas na comparação com a projeção inicial.

A atual projeção contabiliza as quebras consolidadas até 31/01/2022. A estimativa é bem inferior do que as 140,5 milhões de toneladas estimadas pela CONAB e do USDA, que indica uma safra brasileira de 139,0 milhões de toneladas, ambas divulgadas em janeiro/2022. A produção estimada atualmente pela nossa Consultoria está abaixo do recorde de 137,3 milhões de toneladas da safra passada (2020/2021). Essas projeções poderão sofrer novas revisões, à medida em que evolua a colheita da safra de verão 2021/2022.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.