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31/Jan/2022

Futuros têm altas acompanhando o óleo de soja

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (28/01). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que por sua vez foi impulsionado pelo avanço do óleo de palma. Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel. As cotações do óleo de palma na Bolsa da Malásia estão na máxima histórica, com traders cobrindo posições vendidas em meio à expectativa de menor oferta. No dia 27 de janeiro, o governo da Indonésia determinou que produtores de óleo de palma devem separar 20% da oferta para o mercado interno, numa tentativa de conter a alta dos preços domésticos de óleos comestíveis. A Indonésia é o principal exportador mundial da commodity.

O vencimento março da soja avançou 21,75 cents (1,50%), e fechou a US$ 14,70 por bushel. Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 657 mil toneladas de soja para o mercado externo. Foram vendidas 141,5 mil toneladas para o México e 251,5 mil toneladas para destinos não revelados, com entrega prevista para a safra 2021/2022. Também foram comercializadas 264 mil toneladas para a China, com entrega em 2022/2023. A expectativa é de que as compras chinesas se desacelerem nesta semana, devido ao feriado do Ano Novo Lunar chinês, entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro. Preocupações com a safra sul-americana também estimularam fundos de investimento a comprar contratos.

A colheita na região será menor do que as previsões iniciais, e as exportações do Brasil deverão ser ajustadas para baixo. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu em 100 mil hectares sua estimativa para a área plantada com soja na Argentina, para 16,3 milhões de hectares. O ajuste se deve ao atraso dos trabalhos no Noroeste do país, perto do encerramento da janela de plantio. O Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), informou que os produtores rurais do Paraná devem registrar prejuízo entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões na atual safra 2021/2022. Até o momento, há perda de mais de 8 milhões de toneladas de soja, ou 39% do previsto inicialmente, que era de pouco mais de 21 milhões de toneladas.