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28/Jan/2022

Futuros têm nova alta acompanhando óleo de soja

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (27/01), refletindo o desempenho do óleo de soja. O derivado foi impulsionado pela forte demanda da indústria de biodiesel por óleos vegetais. Essa demanda deve aumentar significativamente nos próximos meses e anos. O governo da Indonésia determinou nesta quinta-feira (27/01) que produtores de óleo de palma devem separar 20% da oferta para o mercado interno, numa tentativa de conter a alta dos preços de óleos comestíveis no país.

O óleo de palma é concorrente do óleo de soja em alimentação e na fabricação de biodiesel. O vencimento março da soja subiu 8,25 cents (0,57%), e fechou a US$ 14,48 por bushel. A alta da soja em grão também foi influenciada pelo desempenho do farelo, que subiu com a perspectiva de clima mais seco na Argentina, o principal exportador mundial do derivado. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 1,025 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 20 de janeiro. O volume representa alta de 53% ante a semana anterior e de 77% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 202,8 mil toneladas. A China comprou 738,2 mil toneladas do volume total, de 1,228 milhão de toneladas.

A expectativa é de que as compras chinesas se desacelerem na próxima semana, devido ao feriado do Ano Novo Lunar chinês, entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro. O maior interesse de fundos de investimento em commodities, em meio a preocupações com a inflação nos Estados Unidos, está aumentando a volatilidade no mercado. Fundos de investimento começaram a ter mais commodities em suas carteiras, o que tem beneficiado os valores de milho, soja e trigo em alguns momentos.

Isso também causou um aumento da volatilidade no mercado, com os futuros subindo e depois caindo sem motivos ligados aos fundamentos. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu em 4,2 milhões de toneladas sua estimativa para a safra brasileira de soja, para 135,8 milhões de toneladas. A projeção da safra brasileira de soja sofreu novo corte, reflexo da seca na Região Sul do País. A exportação do grão também será menor, de 86,9 milhões de toneladas, ante 91,1 milhões de toneladas previstas anteriormente.