ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Jan/2022

PR: chuvas recentes podem favorecer as lavouras

Segundo a Organização das Cooperativas do Estado (Ocepar), as chuvas mais regulares no Paraná neste mês podem ajudar na recuperação da produtividade de 15% da área de cultivo de soja e milho. Os percentuais correspondem aos níveis de formação do cultivo, com 2% da área de milho em fase de desenvolvimento vegetativo e 13% em floração, ao passo que a soja tem 3% em desenvolvimento e 12% em floração. Nas duas últimas semanas, houve bons níveis de precipitação. Se o clima ajudar, será possível recuperar a produtividade dessa parte do plantio. Desde novembro do último ano, o Paraná enfrenta os efeitos da estiagem prolongada que atinge o Estado pelo segundo verão consecutivo. De acordo com dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), 14 dos 399 municípios do Estado registram em janeiro menos de 100 milímetros de chuva em média.

Outros 27 ainda estão distantes do volume regular, com destaque a região de Foz do Iguaçu, que recebeu apenas 34,4 mm, ante os 309,3 mm de média para o período. Com as chuvas, as condições do plantio se estabilizaram a partir da segunda semana de janeiro. Nesta semana, o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) apontou que 24% da área de milho tem condição ruim, 38%, média e 38% boa. No caso da soja, 31% estão em condições ruins, 33% médias e 36%, boas. Esses números vêm se mantendo em função das chuvas que vieram em grande parte do Estado, principalmente no leste e no centro. As precipitações que atingiram as regiões oeste e noroeste não foram suficientes para ajudar no desenvolvimento e na recuperação das culturas. A onda de calor que se instalou na Região Sul do País reduziu a umidade do solo e acelerou o desenvolvimento das culturas.

Nas regiões sudeste, norte pioneiro, bem como na área metropolitana de Curitiba, a umidade do solo está em torno de 80%. No centro-oeste do Estado, o solo mantém entre 50% e 60% da capacidade de armazenamento de água. No oeste e noroeste, as condições pioram, com cerca de 10% a 20% de umidade no solo. Neste mês, o Deral reduziu em 37% a estimativa para a safra 2021/2022 de soja, que está em 13 milhões de toneladas, com prejuízo monetário de R$ 21,5 bilhões. Para o milho safra de verão (1ª safra 2021/2022), a redução foi de 34%, com perspectiva de colheita de 2,7 milhões de toneladas. As perdas somam R$ 2 bilhões. De acordo com o último boletim do Deral/Seab, em dezembro era estimada produtividade média de 3,7 toneladas por hectare com soja e 9,1 toneladas por hectare com milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.