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27/Jan/2022

Futuros sobem acompanhando alta do óleo de soja

Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (26/01) na Bolsa de Chicago, acompanhando o desempenho do farelo e do óleo de soja. O óleo vegetal foi influenciado pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Preocupações com a oferta de óleo de palma, que é concorrente do óleo de soja em alimentação e em biodiesel, também deram suporte às cotações.

O vencimento março da oleaginosa avançou 32,75 cents (2,33%), e fechou a US$ 14,40 por bushel. A expectativa de clima mais seco na América do Sul no fim deste mês e no começo de fevereiro ajudou a sustentar os ganhos. De acordo com a meteorologia, a previsão é de chuvas esparsas no Brasil até sexta-feira (28/01), mas depois disso o tempo fica seco até o início de fevereiro. Na Região o Sul do País, as chuvas podem trazer algum alívio, mas não conseguirão reverter a condição das lavouras.

Na Argentina, as condições mais secas associadas ao La Niña devem retornar nos próximos dias. A previsão de tempo seco na Argentina impulsionou os preços do farelo na Bolsa de Chicago, já que o país é o principal exportador mundial do derivado. O mercado está optando por ignorar a dinâmica de demanda fraca da China para se concentrar no que considera riscos de produção remanescentes nas próximas semanas na América do Sul.

A demanda da indústria de biodiesel por óleo de soja deve aumentar significativamente nos próximos meses e anos. A situação no Paraguai também é preocupante. As condições quentes e secas no país estão resultando em um fim prematuro do ciclo de desenvolvimento da soja, prejudicando os rendimentos. No sudeste do país, a perda de produtividade deve ser de 50% ou mais.