21/Jan/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (20/01). O mercado foi influenciado principalmente pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 3%. A alta do derivado, por sua vez, refletiu o avanço recente do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Dados publicados na terça-feira (18/01) mostraram que o esmagamento de soja nos Estados Unidos em dezembro, de 5,07 milhões de toneladas, foi recorde.

O grande volume processado se deveu ao óleo de soja. O vencimento março do grão avançou 34,50 cents (2,48%), e fechou a US$ 14,25 por bushel, o maior nível desde agosto do ano passado. Os óleos vegetais sozinhos não vão conseguir atender à demanda da indústria de combustíveis renováveis, tendo em vista que também são usados em alimentação. Os futuros do óleo de palma negociados na Bolsa da Malásia fecharam em alta nesta quinta-feira (20/01), após a Associação Indonésia de Óleo de Palma ter afirmado que o governo está elaborando um plano para restringir as exportações do óleo vegetal.

O plano provavelmente limitará ainda mais a oferta de óleo de palma no mercado, num momento em que a produção na Malásia permanece fraca devido à escassez de mão de obra estrangeira. Fundos de investimento também recompraram posições vendidas, em meio a rumores de compras chinesas de soja norte-americana. Os futuros de farelo de soja também fecharam em alta. O esmagamento de soja na Argentina está fraco e o país não tem ofertado farelo para exportação. A Argentina é o principal exportador mundial do derivado.