ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

20/Jan/2022

Biodiesel: Brasil deveria rever o corte na mistura

Segundo a BSBIOS, mesmo com a estiagem na Região Sul do Brasil e os prejuízos à safra de grãos na região, há matéria-prima suficiente para o governo revisar a decisão de manter a mistura do biodiesel no diesel em 10%. Apesar da quebra de safra no Sul, o País vai ter grande produção de soja. O Brasil precisa parar de exportar grão in natura e processar, para agregar valor. A avaliação é de que é possível revisar a posição mesmo com a quebra na Região Sul. Os problemas climáticos adversos são causados pelo aquecimento global, e o aquecimento global se combate com ações. Em novembro passado, o governo anunciou que manteria a mistura do biocombustível no diesel em 10% este ano, sendo que a previsão inicial era de avanço para 14%, com o argumento de proteger os interesses do consumidor. A expectativa é de revisão dessa decisão ainda em 2022.

O setor não tem culpa da inflação que aconteceu no Brasil e muito menos é culpado pela disparada do dólar. A empresa considera que não é justo o que aconteceu no setor e a expectativa é de que o governo reavalie. A BSBIOS participa da National Biodiesel Conference & Expo 2022, em Las Vegas, nos Estados Unidos, que começou na segunda-feira (17/01) e termina nesta quinta-feira (20/01). Há um grande compromisso dos Estados Unidos em dar continuidade à pauta da descarbonização. O compromisso que os Estados Unidos assumiram em Glasgow (na COP-26), está sendo cumprido. Os biocombustíveis são rota importante para os Estados Unidos, tanto biodiesel quanto diesel verde e combustível de aviação sustentável (SAF). Os participantes do evento ficam perplexos quando a BSBIOS relata sobre o corte da mistura obrigatória no Brasil. eles sabem o quanto o País é relevante na produção de soja e como se posicionou com firmeza na COP-26, ratificando que biocombustíveis são rotas de descarbonização.

Durante a sessão de abertura da conferência, o National Biodiesel Board informou que trocaria de nome e passaria a se chamar Clean Fuels Alliance America. O Brasil poderia seguir esse exemplo. A associação, que antes era só de biodiesel, agora trabalha também com diesel verde e querosene para avião. É um escopo mais amplo, e que deveria ser inspiração para o País ter uma grande instituição trabalhando a pauta dos biocombustíveis, exceto o etanol, que já tem a sua grande associação, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única). O RenovaBio já é inspirado no programa do estado norte-americano da Califórnia e boa parte da tecnologia usada hoje no setor é oriunda dos Estados Unidos. A maior cooperação é o Brasil se inspirar nos Estados Unidos, dar continuidade às políticas de uso de biocombustíveis e implantar o marco regulatório. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.