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20/Jan/2022

Biodiesel: B10 reduzirá demanda no Brasil em 2022

A demanda brasileira por biodiesel em 2022 deve cair 9% ante 2021 em razão do corte da mistura obrigatória do biocombustível no diesel, a 6,35 milhões de metros cúbicos. A mistura deve ficar em 10% este ano, ante estimativas iniciais de 13% a 14%. O corte da mistura obrigatória deve levar a excedente de cerca de 1,64 milhão de toneladas de óleo de soja que não será destinado a usinas, o que equivale a aproximadamente 9,10 milhões de toneladas de soja não esmagada. A estimativa de soja processada para biodiesel este ano com a mistura B13/B14 era de 32,7 milhões de toneladas, e com B10 cai para 23,6 milhões de toneladas, ante 28,4 milhões de toneladas em 2021.

Apesar da menor demanda pelo biodiesel, as margens de esmagamento são positivas. O farelo de soja disparou em várias regiões, o que aumentou a margem de esmagamento dos processadores. Agora, ela está bem acima da média, o que incentiva o esmagamento e a produção de óleo de soja. Com isso, o País deve exportar boa parte do óleo produzido. A tendência, com aumento de oferta e fixação do B10 para 2022, é que exportações continuem em ciclo de alta. Nos Estados Unidos, a demanda pelo biocombustível deve subir este ano após revisão para cima da mistura obrigatória no diesel. No Brasil deve haver queda de mistura em 2022 e, nos Estados Unidos, um aumento.

Quanto à produção, a expectativa é que o La Niña possa representar um obstáculo em razão da falta de chuvas que prejudica a safra de soja. No Sudeste Asiático, as inundações vêm elevando os preços de óleo de palma para a máxima histórica. Além disso, a Indonésia, principal produtor mundial, pode elevar a mistura de biodiesel e restringir exportações de óleo de palma. Se as cotações do óleo de palma continuarem subindo e alcançarem as do óleo de soja, a demanda pelo óleo à base da soja deve aumentar, assim como os preços, já que o de palma costuma ser mais barato. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.