19/Jan/2022

No último fim de semana, a área agrícola central da Argentina registrou chuvas que variaram de 5 mm a mais de 40 mm. No entanto, as chuvas que caíram não foram suficientes para deter a deterioração do milho e da soja de primeira classe que estão passando por um período crítico. Para isso, é necessário pelo menos 50 mm de chuva. A Bolsa de Comércio de Rosário explicou que para começar a recuperar as lavouras é necessário um evento homogêneo, que atinge toda a região dos Pampas e numa base de 50 mm de chuva. A previsão de chuvas continua pelo menos até esta quarta-feira (19/01); portanto, ainda há possibilidades de atingir essa marca para começar a deixar para trás toda essa enorme falta de água.

O Ministro da Agricultura da Argentina afirmou que o governo federal está trabalhando em soluções concretas para os produtores rurais prejudicados pela estiagem. O presidente Alberto Fernández afirmou que é preciso atualizar o fundo de emergência, pois trata-se de uma necessidade e pedido histórico dos produtores. O discurso foi feito nas províncias de Santa Fé e Entre Ríos, onde o ministro supervisionou a situação das lavouras e comunidades rurais afetados pelo estresse hídrico. A decisão de Fernández e dos governadores é de acompanhar os produtores neste momento de incerteza como resultado da seca.

O objetivo é atualizar o fundo de emergência para que seja mais uma vez um instrumento de resposta rápida às perdas. A expectativa é de que o clima amenize as condições, mas o que foi perdido não tem retorno e é preciso trabalhar na recuperação. Agora é um momento de avaliação das perdas. Serão definidos os próximos passos junto às províncias afetadas. As alterações climáticas e as consequências das secas vieram para ficar. Nesta situação, é necessário que haja também instrumentos de irrigação para pequenos e médios produtores, com um financiamento diferenciado, aquisição direta, da indústria nacional e com tecnologia nacional. Fonte: La Nacion e Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.