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14/Jan/2022

Produtividade da safra de soja é variável no Brasil

Para o Paraná, há corte de 28,5% na estimativa de produtividade média das lavouras de soja 2021/2022, de 63 sacas de 60 quilos por hectare para 45 sacas de 60 quilos por hectare. Na safra 2020/2021, o rendimento médio das lavouras de soja do Estado foi de 61 sacas de 60 quilos por hectare. Mesmo nos Campos Gerais, menos afetado pelo clima seco, já há sinais de perdas. Os produtores da região que costumam colher de 65 a 70 sacas de 60 quilos por hectare devem colher abaixo das 60 sacas de 60m quilos por hectare. Em Mato Grosso do Sul, a falta de chuvas e o calor, especialmente na região sul, deve diminuir em 20% a produtividade média do Estado, de 60,6 sacas de 60 quilos por hectare para 48,5 sacas de 60 quilos por hectare. Na safra 2020/2021, o rendimento médio foi de 58,6 sacas de 60 quilos por hectare.

A porção sul do Estado é a mais representativa para a produção de soja e detém cerca de dois terços da área cultivada com a oleaginosa. No norte do Estado, as lavouras estão em excelentes condições, com possibilidade até de superar o recorde. É importante considerar que em todas as regiões mais afetadas pela estiagem é preciso que a chuva se regularize o quanto antes para evitar que os prejuízos aumentem. No Rio Grande do Sul, onde as chuvas esperadas para o fim do ano também não se confirmaram, a estimativa de produtividade média foi cortada em 14,3%, de 56 sacas de 60 quilos por hectare para 48 sacas de 60 quilos por hectare. Neste ano, percebe-se uma inversão: ao contrário do que costuma acontecer, as regiões que estão com problemas mais acentuados são o Planalto Gaúcho, a Serra e região das Missões.

A metade Sul do Estado e a porção costeira estão um pouco melhores. Também há uma mudança no padrão das variedades usadas no Estado, com grande aumento do uso de variedades mais precoces, com alto potencial produtivo, mas que, quando o clima é desfavorável, podem dar problemas. Para Santa Catarina, há diminuiu na projeção de rendimento de soja em 8,1%, de 61,5 sacas de 60 quilos por hectare para 56,5 sacas de 60 quilos por hectare. Em contrapartida, há elevação na projeção de rendimento para Mato Grosso, maior produtor nacional da oleaginosa, de 59 sacas de 60 quilos por hectare previstas em setembro para 60 sacas de 60 quilos por hectare agora. A implantação das lavouras em Mato Grosso foi bastante boa. Foi pontuado alguns fatores de preocupação, como o excesso de chuvas em algumas áreas neste mês, que acaba se refletindo em menor luminosidade, prejudicando o processo de fotossíntese da planta e, às vezes, reduzindo o peso dos grãos colhidos.

A baixa disponibilidade de herbicidas para dessecação das plantas também vem sendo reportada em Mato Grosso e pode levar a um prolongamento do período de colheita, bem como a alta incidência de percevejos. É preciso acompanhar se haverá grãos ardidos e germinação na vagem. Por enquanto, os efeitos da baixa luminosidade não apareceram. Para Goiás e Minas Gerais, estão mantidas, por ora, as projeções de produtividade média em 62,6 sacas de 60 quilos por hectare e 63 sacas de 60 quilos por hectare, respectivamente, bem como para a Bahia, em 63,6 sacas de 60 quilos por hectare. No MAPITO (Maranhão, Tocantins e Piauí), a produtividade média estimada também permaneceu inalterada, em 55,7 sacas de 60 quilos por hectare. Dos três Estados do MAPITO, o que mais preocupa é Tocantins, na divisa com Maranhão. Se a chuva não der uma trégua, dificulta o manejo de doenças e pragas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.