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14/Jan/2022

Futuros caem com chuvas sobre a América do Sul

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (13/01). O mercado foi pressionado pela expectativa de clima mais úmido na Argentina e no Sul do Brasil. De acordo com a meteorologia, as condições no Brasil podem se inverter nos próximos dias, com mais chances de chuvas na Região Sul e tempo seco na Região Norte do País. Na Argentina, chuvas esparsas retornam neste fim de semana e devem continuar por cerca de uma semana. O vencimento março da oleaginosa recuou 22,00 cents (1,57%), e fechou a US$ 13,77 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu significativamente suas estimativas para a safra de Brasil, Argentina e Paraguai, o que deu suporte aos preços.

A possibilidade de chuvas, no entanto, está deixando investidores cautelosos. Os Estados Unidos terão um feriado e muitos traders não querem manter posições compradas durante um fim de semana de três dias com um possível evento climático na América do Sul. As cotações também foram pressionadas pelo desempenho do farelo de soja, que caiu quase 2%. O derivado, por sua vez, foi influenciado em parte por dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado. O USDA informou que exportadores venderam 104,2 mil toneladas de farelo da safra 2021/2022 na semana encerrada em 6 de janeiro. Para a safra 2022/2023, os cancelamentos superaram as vendas em 700 toneladas.

Quanto à soja em grão, o USDA informou que exportadores venderam 735,6 mil toneladas da safra 2021/2022 na semana até o dia 6 de janeiro. O volume representa alta de 92% ante a semana anterior, mas recuo de 1% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 183 mil toneladas. A China comprou 364,8 mil toneladas do volume total, de 918,6 mil toneladas. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu sua estimativa para a produção global de soja em 12 milhões de toneladas, para 368 milhões de toneladas. A redução reflete o efeito do clima quente e seco nas regiões produtoras na América do Sul, especialmente no Brasil e Argentina.